A mesa de cirurgia,
O bisturi na mão,
Vozes, anestesia,
Luzes, escuridão.
O Nada...
O vácuo no tempo...
Ainda meio tonto,
De volta à vida,
O corte, os pontos
Na carne dolorida.
O silêncio...
O vazio triste da U T I...
Os bips torturadores
Furam os ouvidos,
Aumentam as dores
No meu corpo ferido.
A tristeza insiste...
No vazio que existe na U T I...
Enquanto os bips se repetem no tempo
Das batidas do meu coração,
Eu, segundo por segundo, contemplo
E fico ouvindo o pulsar da solidão.
E com um nó no peito,
Fico cismando, sozinho, assim,
Cada minuto sendo desfeito,
Enquanto a vida foge de mim...
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