terça-feira, 9 de julho de 2013

Neblina


A chuva leve,
Branca como neve,
Se reparte
Com arte
Em fios de lã.

E a brisa da manhã,
Em seu descanso
Na cadeira de balanço,
Tece,
Fio por fio,
Ponto por ponto,
A manta da solidão.

E eu, então, como uma criança,
Me deito e me agasalho
No colo da tecelã,
Pra esquentar o frio
Que faz
Na varanda dos meus sonhos 
E na paz
Do meu sono.






 




Nenhum comentário:

Postar um comentário