Passageiro do tempo, em viagem,
Bebo essas cores da paisagem
Que se entornam pelo céu a baixo
Em mil pencas de nuvens,em cacho.
E o meu pássaro de metal
Voa, e com seu bico mortal
Quebra o sol como um espelho
Que cai em estilhaços, vermelho.
Longe, explode meu entardecer
Que sobe do chão e vem tecer
Esse silêncio triste , mormaço.
Minha noite salta do poente,
Negra, feito a morte -serpente,
E engole a luz e a vida do espaço.
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