domingo, 8 de setembro de 2013

Anoitecer numa aeroviagem


Passageiro do tempo, em  viagem,
Bebo  essas  cores  da   paisagem
Que  se  entornam pelo céu a baixo
Em mil pencas de nuvens,em cacho.

E   o   meu   pássaro   de  metal
Voa,  e  com   seu  bico  mortal
Quebra o sol  como um  espelho
Que  cai em estilhaços, vermelho.

Longe,   explode meu entardecer
Que  sobe do  chão e  vem  tecer
Esse   silêncio  triste ,  mormaço.

Minha  noite   salta   do   poente,
Negra,  feito  a   morte -serpente,
E engole a luz e a vida do espaço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário