terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ovo-Quase poema



Num esforço imenso
Eu penso,
Peno e penso
No que valeu a pena
Esta vida,
Este dia,
Esta noite,
E se vale a pena
Este momento.


Mais que doida
A vida é doída,
E a dor enquanto dói
Me roendo
Me moendo 
É como redemoinho,
No vento e nas águas,
Como serpente no ninho
De espinhos e mágoas.

A dor, de repente,
Me põe em transe
E em metamorfose,
E viro meio ave,
Meio gente,
E me sinto parindo este quase poema,
Como um ovo no cu da ema.
Credo em Cruz!
Como um ovo no cu da avestruz.

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