Depois de um longo tempo em silêncio, retorno, trazendo no colo, pra vocês, buquês com flores de saudades, desenganos, ainda viçosas, e outras de sonhos, já murchas.
É assim que conta as contas dos minutos, o poeta Ademar Tavares em seu Canto da Tabuada.
A sala... A lousa trincada em meio,
A mestra... O estudo da meninada...
Batia o sino para o recreio,
Soava o canto da tabuada:
Um e um, dois
Dois e um, três
Três e um, quatro
Quatro e dois, seis...
Como vai longe... Passam-se os anos,
Morrem-me os sonhos, chega a geada...
E eu vou contando os meus desenganos,
Como no canto da tabuada:
Um e um, dois
Dois e um, três
Três e um, quatro
Quatro e dois, seis...
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