quarta-feira, 26 de abril de 2017

Marasmo



No meu pensamento a vida anda,
E  nada   no  Canal  de   Camburi,
Enquanto só, no canto da varanda,
Apenas   o    silêncio   me    sorri.

Rajadas de chuva pintam  a noite
Cinzenta,  na  Ponta   do Tubarão.
Venta  um  vento  forte  em açoite,
No meu rosto e no  meu  coração.

Relâmpagos  clareiam  mais  e   mais
As ondas brancas que rolam na praia
E se quebram no meu peito...meu cais.

Esse  cais   onde  agora   me  ponho:
Cais-solidão. Deus! Faça que não caiam
Um  por um, afogados, meus sonhos.

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