De manhã,
Caíram as pétalas da minha infânciaSimplesmente caíram sem desabrochar,
Caíram sem cor e sem orvalho,
Sem sol e sem manhã,
Caíram sem amanhecer
Dentro da noite, dentro da vida,
E apodreceram no meu chão.
Ao meio dia,
Caíram as pétalas da minha juventude,
Simplesmente caíram desabrochando,
Caíram orvalhando-se,
Quando amanhecia
Dentro do dia,
Dentro da vida,
E apodreceram no meu chão.
Ao entardecer,
Hoje, meio desapontado,
Fico regando a vida despetalada,
Com o amor e a água,
Que se misturam à seiva da flor
Que apodreceu nas próprias raízes.
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