domingo, 12 de novembro de 2017

Teus braços - meu porto

Estou  só  neste   instante,
Neste  meu  barco que vai
E sonho um sonho distante
No  fim  da  tarde  que  cai.

Eu  fico   assim  absorto,
Triste   nauta  a    cismar
Na ilusão de ver  o porto
Para    depois    ancorar.

Mas  esse  porto-saudade
Que aos poucos me invade,
Não  é  terra  , não  é  mar

São  teus  braços  abertos
Que   eu  sinto bem   perto
Vindo    pra    me   abraçar.

SOLITUDE

Espinho que morde a carne,
Verme que come o cerne,
Chama que queima e arde,
Fuga de um covarde.

...........Solidão...................

O fundo estagnado do poço,
Navalha cortando o pescoço,
Dor de silêncio dormido,
De arame furando o ouvido.

...........Solidão...................

Nervo ,   faca de corte,
Dilacerar de chicote,
Corpo morto em pedaços,
Noite...espelho...estilhaços.

............Solidão...................

            Solitude

............Só de tudo.............