quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sombra refletida

Passo a passo
Vou pela estrada.
Pés descalços
Pisando nada,
O silêncio das flores
Esse espinho que me fere.
Nos braços as dores!
Não me esperem.
Na garganta um nó
Que me dói tanto.
Vou só
Engolindo meu pranto,
E  eu não volto.
Não perguntem mais por mim.
O grito que não solto
É sem fim.
Apenas minha sombra
Se reflete,
Cambaleia e tomba
E se repete
Na contramão
Dessa luz que ainda me leva
Nessa vida em vão
Túnel de infinita treva.

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