Sapatos espalhados,
Estilhaços de sonhos,
Porta-retratos
Se espalham pelo chão da sala,
Como cacos de cristais
E de porcelanas.
Espelhos , imagens tortas,
Minha vida em reflexo,
Fotos em preto e branco,
Marcas, sombras de passos,
Cambaleando pelo chão
Vão indo em vão
Pelos vãos da noite.
Relógios e ponteiros
Sangram os minutos
Que vão morrendo um a um,
Escorrendo pelas paredes,
Enquanto me afogo
Nesse lago amargo
De silêncio e solidão.
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