domingo, 23 de fevereiro de 2014

Vôo da vida

Paz...
Silêncio...
Solidão...
Pássaros no ar
Voando leve...
Levitando livres
Como o pensamento
Concreto como esse momento.
E ,passo a passo
O tempo passa,
Leve como nada
Levando tudo
Passo a passo
No compasso
Do passo,
No espaço do vôo,
Como pássaros
Passarinhos
Passarada,
Todos passarão
Todos passaremos...


Nuvem

Estou só...
No peito, um nó
Não há lágrimas
No deserto do meu rosto.
Não há magma 
Não há nada
No vulcão do meu peito.
No céu ,
Um penacho de fumaça
Ao vento
Ao tempo
Feito um sonho desfeito
Que vai ...
Que vai...
Se desfazendo
Como a vida.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Meu Rio Doce


O  meu  Rio  Doce  desce
Docemente   na    tarde
Como se as águas dessem
Sussurros  de   saudade.

No  acalanto  das  águas,
Meu  Rio  Doce, cantando,
Leva  todas  as   mágoas
Que em mim vão boiando.

A   derradeira   luz
Se  entorna,  reluz
Nesse meu rio que desce,

Desce lento  e  doce
Como  se  ele  fosse 
A minha própria prece.

 




Porto - por-de-sol


Navios enormes
Silentes dormem
Na noite que vai
Deitando no cais,

E os guindastes,
Imensas hastes,
Levantam braços
Negros de aço,

Içando na tarde
O sol que arde
Vermelho-verão.

E, num movimento,
O guindaste lento
Põe o sol no porão.