E vem com o céu suspenso no mastro,
Em busca de um porto pra chegar,
Pisando as ondas, riscando os astros;
E, enorme, maior que o espaço,
Navega nos meus olhos lentamente
Como um sonho cinzento, de aço,
Que me fere a lucidez da mente.
E no delírio bom de um momento,
Vejo, entre o mar e o firmamento,
Uma nau abarrotada de paz;
Não vem da guerra, vem da esperança,
E, em vez de guerreiros, traz crianças,
Para ancorar na Terra: imenso cais.
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