domingo, 29 de dezembro de 2013

Nau da paz

Um   navio   nasce   no  fim   do   mar
E vem com o céu suspenso no mastro,
Em  busca  de   um porto pra  chegar,
Pisando as ondas, riscando os astros;

E,  enorme,  maior   que  o  espaço,
Navega nos meus olhos lentamente
Como  um  sonho cinzento, de aço,
Que me  fere  a  lucidez  da  mente.

E  no  delírio  bom de um momento,
Vejo,  entre  o  mar  e o firmamento,
Uma   nau    abarrotada    de    paz;

Não vem da guerra, vem da esperança,
E, em vez de  guerreiros, traz  crianças,
Para  ancorar  na  Terra:  imenso   cais.

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